Nota à Comunicação Social


Os autarcas da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões reunidos ontem, em sede de Conselho Intermunicipal, realizaram uma análise, profunda, sobre o preocupante momento que se vive, onde, nos últimos dias, se verifica um crescimento gravíssimo de casos COVID-19, com particular incidência nas ERPI, além de diferentes surtos espalhados pela comunidade, sendo que 13 dos seus 14 municípios associados estão classificados no risco extremamente ou muito elevado.

 

Acresce, também, que o Centro Hospitalar Tondela Viseu atingiu o seu limite, tendo sido já ativado o Hospital de Campanha, localizado na cidade de Viseu.

 

Nesta análise, não deixam os autarcas de reconhecer o enorme esforço e abnegação de todos os profissionais de socorro e de saúde, que desenvolvem o seu trabalho em condições muito difíceis, e com falta de recursos.

 

Nestes termos, entenderam os autarcas remeter uma comunicação ao Senhor Primeiro Ministro, no sentido, de solicitar, uma reanálise sobre o modelo de funcionamento das escolas, em particular sobre a possibilidade de ocorrer o ensino à distância para alunos do terceiro ciclo, do ensino secundário e superior, enquanto os rácios de crescimento da pandemia tiverem estes indicadores.

 

Entende, o Conselho Intermunicipal, que a permanência do funcionamento das escolas no modelo presencial, em nada contribui, para atenuar a mobilidade permanente de pais, professores, alunos e outros profissionais, não concorrendo para o espírito de confinamento, sendo que, ainda acresce, que muitas destas deslocações são realizadas para fora dos seus concelhos de residência.

 

Por outro lado, também se constata que as diferentes equipas de Saúde Pública estão exaustas, e não têm recursos humanos para poderem acompanhar, com a celeridade que se impõe, o número crescente de casos. O rastreio epidemiológico é crucial para se estancarem as cadeias de contágio, razão pela qual, os autarcas desta CIM, solicitam, ao Governo da República, um reforço imediato destas equipas.

 

Por fim, é imperioso que as forças de segurança tenham um conhecimento atempado das situações em confinamento para melhor auxiliarem nessa missão. No quadro atual, com vários dias de desfasamento, não se conseguem os objetivos pretendidos e que se impõem.

 

Na mesma linha de pensamento, lamenta-se que ao responsável máximo da proteção civil municipal não sejam dados a conhecer os casos em concreto, para que, mais rapidamente, os serviços municipais de proteção civil, assim como os serviços sociais de cada um dos municípios, possam prestar o devido apoio e acompanhamento aos cidadãos.

 

Por fim, um apelo, sem paralelo, para que todos observem e respeitem as regras de confinamento e um agradecimento sincero e sentido a todos aqueles, que na primeira linha, combatem esta pandemia.

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